A tecnologia veio para ficar e o setor jurídico é impactado pelas inovações, assim como outros campos da sociedade, e a tendência é que ele evolua em conformidade com elas. O Direito 4.0 já é um termo conhecido pelos operadores do direito (aqueles que praticam e fazem parte do universo jurídico atual, como os promotores, advogados e juízes) e ajuda a reforçar a existência dessa nova fase, completamente influenciada pelas ferramentas tecnológicas.
Com o tempo, o pensamento e as metodologias do trabalho jurídico também sofreram mudanças. Os processos foram adaptados para que algumas etapas fossem realizadas com mais agilidade e organização pelas máquinas, com a ajuda de ferramentas como a Inteligência Artificial (IA), Chatbots, Big Data, entre outras, estas práticas foram ganhando força e espaço com o passar do tempo. Entretanto, o saber jurídico e as atuações de mais importância, que envolvem um olhar crítico e apurado sobre cada caso, ainda permanecem na rotina de cada operador.
A internet garantiu que as informações da área fossem espalhadas com mais facilidade e, atualmente, é uma ferramenta utilizada para aprendizagem. Muitos alunos, além de terem as suas grades atualizadas para acompanhar as transformações, passaram a ter aula e até mesmo o primeiro contato direto com o mercado de trabalho – por meio de um modelo home-office – com a ajuda da internet. Com a aparição da pandemia da covid-19 essa nova forma passou a ser a mais comum para adquirir conhecimento.
Ainda assim, não é certo afirmar que essa realidade faz parte de todos os escritórios de advocacia ou da rotina de todos os operadores do direito. A falta de investimentos ou a não conformidade com as mudanças da sociedade podem ser considerados alguns dos motivos que fazem com que essa adequação não aconteça. O fato de haver muitos escritórios pequenos e com menos estrutura também é um motivo da não adesão.
Um estudo recente realizado pelo Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação (CEPI) da Fundação Getulio Vargas (FGV SP) reforça esse ponto ao informar que somente 44% dos escritórios entrevistados usam softwares. Sendo assim, a maioria deles ainda não possui esse acesso, apesar de entenderem sua importância e influência.
Inteligência artificial
Como bem lembramos, a Inteligência Artificial é campo da tecnologia que encabeça (junto com outras inovações) a chamada Quarta Revolução Industrial e chama a atenção, especialmente, pelo fato de atuar simulando a ação humana.
Já sabemos, por exemplo, que os chatbots são facilitadores ao atuarem na resolução de conflitos, no atendimento ao cliente e até no fechamento de contratos. E diversas facilidades podem ser encontradas com o uso da IA.
A DIANA é uma IA que atua no mercado jurídico atualmente e fornece aos clientes soluções que vão desde análise preditiva dos casos, ao mapa de provas, gestão de testemunhas até a proposta de um acordo ideal. Ela acaba sendo o braço direito das empresas.
Com as melhorias encontradas com o uso das tecnologias disruptivas dificilmente as empresas que as utilizam, mesmo que de forma simplória, darão passos contrários ao que estão dando no momento. A tendência é que elas possam ser inseridas com mais frequência, trazendo outras maneiras de auxiliar o trabalho dos profissionais sem que haja substituição do mesmo, que é o que de fato detém o conhecimento, tem o poder de atuação e o controle do caso em todas as etapas dele.