Diferentemente do que geralmente é imaginado quando falamos sobre robotização, tecnologia no mercado de trabalho e Inteligência Artificial (IA), a função que exercem na rotina de uma empresa não tem a intenção de substituir a mão de obra ou o profissional especializado da área. Muito pelo contrário.
A Inteligência artificial é pensada para simular o pensamento humano e, frequentemente, é usada em tarefas mais simples e repetitivas que acabam desgastando e às vezes afetando o trabalho final, que envolve a especialização do profissional. Também podem agir em situações mais complexas a partir de softwares capazes de desempenhar isso.
A IA também é aplicada ao jurídico. Ao trabalhar com um caso em específico, os profissionais da área precisam passar por diversas etapas até chegar na resolução do caso, e com ajuda dessa ferramenta, eles garantem que a dedicação de seu tempo fique direcionada em partes mais importantes. Além disso, o universo do direito é repleto de dados presentes em contratos e processos que podem ser facilmente tratados com a ajuda da IA para que não haja uma sobrecarga dos especialistas. Assim a parte estratégica pode ser melhor estruturada e os casos bem trabalhados.
Na prática, percebemos que o uso da Inteligência Artificial já é feito no Tribunais de Justiça Rio Grande do Norte (TJRN). O uso do robô “Poti”, do TJRN, atua em algumas partes do processo jurídico, na atualização do valor da execução fiscal e emitindo certidões, por exemplo.
A Diana, Inteligência Artificial Jurídica, age no mercado com o propósito de reduzir passivos e gerar ganhos. É outro exemplo de ferramenta atuante que facilita a rotina, reduz custos, riscos e aumenta a produtividade.
Além disso, separamos 3 principais motivos sobre o uso do IA no dia a dia jurídico. Confira:
1. Análise preditiva
A utilização da Inteligência Artificial também pode ser de forma preditiva, ou seja, a análise e interpretação de dados é feita para dar diferentes cenários em que o profissional possa atuar. Com base no que já conhece e já visualizou de outros processos é possível tomar a melhor decisão a partir disso.
2. ChatBots para resolução de conflitos
Os softwares que simulam a fala humana, conhecidos como chatbots, podem ser usados tanto para a conversa inicial com quem entra em contato com a empresa ou marca quanto para agendamento de consultas e assinatura de acordos. Eles geralmente são comandados por uma inteligência artificial que atua personalizando as respostas e garantindo que o resultado entregue para o cliente esteja de acordo com aquilo que espera.
3. Ensino jurídico
Atualmente, é difícil desvincular a tecnologia do conhecimento jurídico. Instituições de ensino já estão adaptando as grades para acompanharem o momento em que estamos vivendo com a intenção de garantir que os profissionais que entrarão no mercado estejam alinhados com as inovações e que não entrem em desvantagem em relação a outros.
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