Estamos caminhando para um avanço social no Brasil quando falamos em Open Banking. Esse conjunto de regras tecnológicas direcionam para uma evolução e liberdade de escolhas que permitirão o compartilhamento de dados e serviços com seus usuários entre instituições financeiras através da integração de seus sistemas. O principal pilar do Open Banking é o consentimento que o próprio cliente permite sobre seus dados, independentemente de ser pessoa física ou jurídica, com outras instituições financeiras. As transações são solicitadas pelos clientes, que compartilham dados pessoais, tais como: nome, CPF/CNPJ, telefone, endereço; dados sobre renda, faturamento – no caso de empresas -, perfil de consumo, capacidade de compra, entre outros.
A facilitação do sistema bancário aberto
O Open Banking no Brasil foi iniciado com muitos desafios e grandes expectativas para o mercado financeiro brasileiro. O que não faltam são oportunidades de negócio e estratégias que essa implementação trouxe, baseada totalmente em tecnologia, permitindo que os usuários compartilhem dados de forma segura. De certa forma, o modus operandi traz uma produtividade maior para o ecossistema e proporciona um forte impacto para a recuperação financeira pós-COVID.
A facilitação que o Open Banking traz, além do compartilhamento com outras instituições, é a democratização que envolve diversos tipos de produtos financeiros, permitindo que bancos, fintechs e instituições de pagamento compartilhem informações entre instituição e cliente. É como se o usuário adquirisse “seu banco”, tendo o livre arbítrio para escolher crédito no banco A, cartão de crédito no B e uma taxa baixa de empréstimos no banco C. Os frutos dessa liberdade se darão na experiência de usuário baseadas na diversidade e representatividade dos clientes.
Usuário final: vantagens de sobra
Além das facilidades que os usuários terão com o Open Banking, uma que não poderia faltar nessa lista é o consumidor final livre de gastos no compartilhamento de seus dados. O banco que irá transmitir suas informações para outra instituição financeira não poderá fazer cobranças. Além disso, a partir do dia 30 de agosto de 2021 será possível o uso do WhatsApp para uma transferência bancária e o compartilhamento do histórico financeiro dos clientes. E, para a 4ª fase, a partir do dia 15 de dezembro de 2021, será possível compartilhar dados sobre operações de câmbio, contas de depósito a prazo, seguros, serviços de credenciamento, entre outros.
ESG no Open Banking: um passo significativo para o ecossistema
A importância das práticas ESG traz uma relevância significativa para as empresas, pois o foco nas práticas ambientais, sociais e de governança traz uma notoriedade para o ecossistema. A sigla ESG, que significa “environmental, social and governance” (ambiental, social e governança), torna as empresas engajadas na preservação do meio ambiente, focadas no contexto social e visíveis quando o assunto é sustentabilidade.
No Brasil, a governança e o social se fortalecem de tal maneira que, os bancos que focarem nesses dois pontos usarão de forma transparente e consciente as questões sobre sustentabilidade, e poderão conquistar mais usuários que estão conectados com essas mudanças no ecossistema. Dessa forma, o usuário que já terá livre arbítrio para escolher qual instituição lhe atenderá dentro de suas escolhas, vai contar com instituições que abraçam um engajamento mais responsável e inclusivo. A responsabilidade mútua entre o usuário e o banco escolhido fortalecerão uma conexão humanizada pautada em atitudes corporativas baseadas em responsabilidade com o meio ambiente.